Ex-BBB Gil do Vigor revela drama do passado chocante sobre sexualidade

Ex-BBB Gil do Vigor na capa da revista GQ Brasil (Reprodução/ Instagram)
Ex-BBB Gil do Vigor na capa da revista GQ Brasil (Reprodução/ Instagram)

Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor do Big Brother Brasil 21, revelou que passou por uma espécie de tratamento de “cura gay” para que pudesse ser mais aceito pela comunidade evangélica. A declaração do famoso foi dada em seu livro biográfico Tem Que Vigorar.

Em um trecho do livro, o pernambucano contou que a situação ocorreu durante o período que frequentava a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Segundo Gil, ele contou com a ajuda dos amigos para que tivesse mais “jeito de homem”.

Para poder mudar seus trejeitos, Gil afirmou que era gravado por alguns amigos, que logo em seguida lhe mostravam qual seria a “forma correta” para ele se portar.

“Essas coisas absurdas pelas quais passava me faziam demorar ainda mais para aceitar minha sexualidade, para aceitar que não sou doente, que é tudo um enorme preconceito”, disse ele na obra.

O economista ainda declarou que protagonizar um beijo com Lucas Penteado foi um dos momentos mais significativos de sua vida.

“Foi no ‘Big Brother’, também, que protagonizei , com o Lucas, uma das cenas mais reveladoras e libertadoras de minha vida: um beijão, apaixonado, na boca.(…) E a Globo exibiu, lindamente, mostrando que o amor entre dois homens existe, é normal e não tem nada de errado”, finalizou.

Sexualidade e dúvidas

Recentemente Gil esteve como um dos convidados da transmissão da Parada do Orgulho LGBTQ+ de São Paulo, na GNT, onde comentou um pouco da descoberta da sua sexualidade e inseguranças quanto a isso dentro do BBB 21.

“Eu tive um medo muito grande, quando eu cheguei no Big Brother assim, eu já coloquei e falei ‘BIIICHA’ e lascou. (…) Eu tava largada assim, eu tava muito feliz, é aquela questão, quando eu tô muito feliz eu não escondo nada. Mas eu acho que tem, às vezes eu sentia isso, uma necessidade de ter algumas coisas guardadas, sabe? (…) Porque era aquele medo de encarar quem eu sou, descobrir o que as pessoas vão achar de mim, quando elas me verem como eu sou, quem eu sou”.

“E isso o geral, que a gente fala de família, profissão, vínculos religiosos, amigos, é uma quantidade de pessoas que a gente conhece e convive que muitas vezes não conhecem nós como somos e dá muito medo. Então quando a gente fala assim ‘Eu sou bicha!’ e eu falo meu pai eterno do céu, porque a gente sabe como é. Eu nunca imaginei que eu seria extremamente acolhido”.