Felipe Neto desabafa sobre processo recebido

Felipe Neto (Reprodução/Youtube)
Felipe Neto (Reprodução/Youtube)

O youtuber e influenciador Felipe Neto, de 33 anos de idade, debateu sobre a liberdade de expressão no atual governo. Em participação em live da Organização Open Society Brasil, o youtuber recordou sobre os ataques que sofreu após chamar o presidente Jair Bolsonaro de genocida em suas redes sociais.

“Não é crime e eu fui processado criminalmente. Abriram um inquérito contra mim e ele foi arquivado. Onde se aprendeu que é crime chamar o Bolsonaro de genocida? Quem te falou isso? Essa é a forma das pessoas serem doutrinadas. E eles ainda falam que o PT doutrinava as pessoas”, disse ele.

Repressão a liberdade de expressão

Em continuação na transmissão, Neto continuou falando que foram inúmeras as vezes a repressão a liberdade de expressão:

“Deveríamos estar em algo complexo, mas nunca conseguimos sair do raso. Já fiz tantas lives, estou acostumado. Deve ter um monte de ‘bolsominion’ perguntando de Cuba. Eles aprendem no WhatsApp. Existe um curso para formar ‘soldadinhos’ digitais, que nada mais são do que gados no pasto. Eles são ordenados a vomitar as burrices que consomem. Eles não se interessam em aprender” falou ele, que lastimou as fake news na internet.

“Eu não tenho solução para isso. Eu faço vídeo de Minecraft. Sou o palhaço do YouTube. Estou aqui para falar dos assuntos como um cidadão brasileiro com muitos seguidores”, completou.

Despreparo do governo segundo o youtuber

O influenciador, que é forte oposição ao governo Jair Bolsonaro nas redes sociais, disse que o governo é totalmente despreparado para ocupar o cargo, porém a força nas mídias sociais continuou a crescer:

“Eles perceberam que quanto mais impedirmos que conteúdos sejam tirados do ar, mais eles vão dominar. Lutam no sentido contrário. Querem proibir as plataformas de se apagar qualquer coisa. Jair Bolsonaro luta pela liberdade das pessoas cometerem crimes. Ele quer um decreto para sustentar as narrativas mentirosas e viabilizar ataques. É melhor um ambiente ultra liberal do que um ambiente que tenha regras. Se isso acontecer, estamos falando do caos digital”, afirmou.

Povos indígenas

Por fim, o youtuber continuou o seu desabafo dando voz aos povos indígenas e pontuou o descaso da atual gestão:

“Muita gente não faz ideia de que virou massa de manobra. Eles invadem ambientes de diálogo justamente para acabar com ele. Tudo bem falar de Cuba, mas por que não criticar o Haiti, a Arábia Saudita? Lá as mulheres só ganharam o direito de dirigir há 3 anos. É uma ‘imbecilização’ através de mecanismos da liberdade de expressão. Como todos chegaram ao mesmo discurso?”, finalizou