Glória Maria diz que filhas sofreram racismo e desabafa

Glória Maria desabafou sobre racismo (Foto: Reprodução)

Glória Maria foi uma das convidas do programa Roda Viva, exibido na TV Cultura, e comentou sobre o racismo enfrentado ao longo da carreira. Mesmo sendo bem sucedida, ela revelou que, o homem racista não gosta de ver o sucesso de uma mulher preta empoderada. Ela também contou sobre uma situação vivida pelas filhas Laura e Mariana.

“Nada blinda preto de racismo, ainda mais a mulher preta. Nós somos mais abandonadas, discriminadas. O homem preto não quer a mulher preta. Você tem que aprender a se blindar da dor. Se você for esperar o blindamento universal, você está perdida”, falou a jornalista.

Ao continuar o assunto, ela destacou que, as filhas Laura e Mariana também já sofreram racismo na escola. De acordo com a própria, as crianças devem ser ensinadas a respeitarem as diferenças e não serem preconceituosas com absolutamente nada.

“Isso não vem da criança, vem da família. E a família não vai mudar. Quando ele (amiguinho) falou, queria machucar. E a maneira que tinha é para machucar era ofender racialmente. Isso que acho uma coisa trágica. Se ele sabe que chamar de macaca é uma ofensa racial, é porque foi ensinado”, contou.

BBB 2022

Na última semana, Glória Maria marcou presença no Encontro com Fátima Bernardes, e contou que pela primeira vez na vida estava acompanhando o BBB 2022. Ao falar sobre quem deve vencer a edição, ela apostou na mineira Natália, de vinte e dois anos.

“Pela primeira vez na minha vida estou assistindo [ao BBB], não viajo há dois anos. Então vi ano passado aqueles meses todos e virei especialista em BBB quase. Ela foi tão pressionada, massacrada, que ela também incomoda, como aquele menino do outro ‘BBB’ que teve um problema com a Karol Conká [Lucas Penteado]. Eu acho que as pessoas ficaram comovidas com ela. Tô adorando porque alguns tão criando uma ‘confusãozinha’, mas outros tão muito acomodados”, confessou.

Saco cheio

Com mais de 70 anos de vida, Glória revelou em conversa à Glamurama que ás vezes se sente de saco cheio ao ler comentários de pessoas que militam o tempo inteiro na internet.

“Eu acho tudo isso um saco. Hoje tudo é racismo, preconceito e assédio. A equipe com que trabalho me chama de ‘neguinha’, de uma forma amorosa e carinhosa. Estou há mais de 40 anos na televisão, já fui paquerada, mas nunca me senti assediada moralmente. O assédio é algo que te fere, é grosseiro, desmoraliza. Ou é novo, ou é normal, vamos ter que partir para novos olhares. Nada mudou, mas algumas pessoas se viram melhor, começaram a se observar. É preciso uma pandemia para olhar para o outro?”, argumentou.