Luciano Huck se revolta e detona atitude do filho de Bolsonaro

Luciano Huck detonou filho de Bolsonaro no Domingão (Foto: Reprodução/TV Globo)
Luciano Huck detonou filho de Bolsonaro no Domingão (Foto: Reprodução/TV Globo)

Luciano Huck se revoltou com atitude de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, e detonou o político na Globo. Sem citar o nome do deputado, o apresentador repudiou durante o Domingão o ataque sofrido pela jornalista Miriam Leitão.

Em seu dominical, Huck falou do caso em que Eduardo atacou Miriam nas redes sociais. O parlamentar rebateu uma crítica ao governo Bolsonaro debochando de uma situação que a contratada da Globo viveu durante a época da ditadura militar no Brasil (1964-1985).

Luciano Huck revoltado no Domingão

Ao parabenizar aniversariantes da semana no Domingão, o marido de Angélica citou Miriam. Ele se solidarizou com a jornalista, dizendo que ela foi “covardemente atacada”. No entanto, o comunicador não citou o nome do filho de Bolsonaro.

“Miriam Leitão essa semana foi covardemente atacada nas redes, uma mulher que foi torturada grávida e tem gente que tem coragem de debochar”, comentou Luciano Huck.

No domingo passado, dia 03 de abril, Miriam Leitão publicou uma crítica ao governo de Jair Bolsonaro. Eduardo, então, atacou a jornalista em seu perfil no Twitter.

Na postagem, o deputado debochou da tortura sofrida por Miriam durante a ditadura militar. Ela, que na época era militante política, foi agredida com chutes e tapas. Além disso, chegou a ter que ficar presa numa sala com uma jiboia. Foi dessa situação que o filho do presidente falou em tom de deboche, dizendo ter pena da cobra.

Globo se posiciona

Na semana passada, a Globo divulgou uma nota repudiando o ataque de Eduardo contra Miriam. Na edição do Jornal Nacional da segunda-feira (04), um dia após o episódio, William Bonner leu uma nota do Grupo Globo no Jornal Nacional.

“Foi repugnante, ofensiva e absolutamente inaceitável a manifestação do deputado Eduardo Bolsonaro, que fez referência à tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão, colunista do O Globo, durante a Ditadura Militar.

Em post publicado numa rede social contestando uma crítica feita por Miriam ao presidente Jair Bolsonaro – ela o chamara de inimigo confesso da democracia -, Eduardo Bolsonaro zombou de um dos episódios mais dramáticos e cruéis da vida dela. A tortura a que foi submetida nos porões da ditadura enquanto estava grávida

A manifestação do deputado deve ser repudiada com toda a veemência. É incompatível, não apenas com o que se espera de um detentor de mandato popular, mas sobretudo com a decência e o respeito humanos.

Merece, além do repúdio firme, providências das instituições obrigadas constitucionalmente a zelar pelo estado de direito”, disse a nota lida por Bonner.