Luiza Possi revelou em entrevista à jornalista Marina Bonini da revista Quem, que durante os meses de isolamento social, por conta da pandemia, escreveu 24 músicas novas com o cantor De Maria. 10 delas, a artista gravou e incluiu em seu álbum ‘Submersos’.
“Em um primeiro momento, o isolamento foi desesperador. Eu tinha um ano extremamente promissor no ano passado. Foi um susto, um baque e uma tristeza muito grande. Principalmente pelo motivo que a gente teve que ficar confinado em casa. ‘Submersos’ acabou sendo terapêutico. Até minha terapeuta me falava que tinha que encontrar o De Maria uma vez para compor”, contou ela.
A cantora explica que, a ideia do álbum surgiu durante os ensaios de uma live que ela realizou com o cantor na pandemia.
“A gente tinha uma ideia de fazer só uma live a princípio. Mas cada vez que a gente se encontrava para ensaiar essa live, saía música nova. Foram muitas música novas. Daí, falei para o Rick Bonadio, ‘acho que a gente está fazendo um disco e não uma live’. E ele falou que eu tinha razão e falou para fazermos 20 música para escolher as dez melhores. Isso se tornou uma meta que me ajudava a passar pela pandemia.”, afirmou.
Drama pessoal
Apesar da alegria em criar um trabalho novo, logo quando começou a divulgar o álbum, Luiza teve que lidar com um drama em sua vida pessoal. Isso porque, Líber Gadelha, pai da cantora, foi diagnosticado com Covid-19 no final de 2020. O produtor musical ficou 60 dias internado em coma e acabou morrendo por conta das complicações do vírus em fevereiro deste ano.
“O mais difícil foi ter perdido o meu pai para a Covid, depois dele ter sobrevivido a um transplante, um câncer e um infarto. Perder o pai para a Covid é o que mais dói. Depois de 60 dias em coma, realmente foi um baque muito grande. Meu pai chegou a acordar do coma e a gente achou que ele fosse se salvar e não deu”, relembra ela.
A artista recordou ainda, uma música feita para o pai, quando ele sofreu com um infarto e entrou em coma em 2006.
“Tem uma música que fiz quando o meu pai estava em coma pela primeira vez, quando ele infartou em 2006, que se chama ‘Desenganos’. Eu cantava para ele enquanto ele estava no coma e quando ele acordou, ele lembrava da música. Virou uma música nossa. Desta vez também. Ele chegou a se curar da Covid e me liberaram para visita-lo no hospital mesmo em coma. Eu cantei muito essa música para ele.”, contou Luiza Possi.
Graduado em Comunicação Social, um mineiro que adora escrever sobre assuntos relacionados ao entretenimento e redes sociais em geral.
