Maitê Proença recorda cena famosa na novela ‘Dona Beija’

Maitê Proença
Maitê Proença (Imagem: Reprodução/Instagram)

Maitê Proença, atriz de 63 anos, participou de uma live onde recordou cenas especiais da novela Dona Beija, exibida pela Rede Manchete em 1986. Na trama baseada em fatos reais, ela interpretava a prostituta Ana Jacinta de São José, mais conhecida como Dona Beija, que viveu entre 1800 e 1863.

Durante o bate-papo, a artista falou sobre as cenas de nudez da novela e ressaltou que não eram tantas assim. Maitê comenta que elas faziam parte da trama, mas só aconteciam em momentos que se encaixavam no contexto da história.

“Não tinha tanta cena de nudez, mas como foi primeira vez que acontecia, marcou muito. Foram poucas, bem poucas e, em cada uma delas, fui pra ilha de edição com Herval. ‘Eu faço, mas quero ver, porque se vocês abusarem de mim, não vai ser legal. Vou embora, inclusive'”, lembra ela sobre as reuniões com o diretor.

Maitê diz ainda que, sempre houve muita transparência entre ela e o diretor.

“E desde o começo, combinei com ele que a gente seria honesto. A gente nem se gostava. Ele tinha feito a primeira novela que fiz na Globo, Três Marias, ele me xingava. Era uma coisa horrorosa”, relembra Maitê.

Apesar das desavenças, a atriz veterana conta que depois, acabou criando um laço de amizade muito forte com Herval.

“Quando ele me chamou, eu nem acreditei, mas falei: ‘você não precisa gostar de mim, mas precisa me tratar bem. Se me tratar mal, vou embora e nunca mais volto’. Ele me tratou como uma princesa, nos amamos, foi maravilhoso”, contou.

Não houve críticas

Ao voltar no assunto sobre as cenas de nudez, Maitê afirma que nunca recebeu críticas e nem foi julgada por causa do trabalho.

“Só vamos usar a nudez se for pra contra a história. Se fosse abuso, a gente não ia usar. Não eram cenas agressivas, abusivas. Nunca ninguém reclamou. Nunca nenhuma velhinha me chamou de desavergonhada na rua”, brincou ela ao falar sobre a aceitação do público.

Por fim, a atriz ainda ressaltou a importância da personagem Dona Beija como o início da quebra de paradigmas, preconceitos e também do conservadorismo que dominava a TV aberta.

“Era uma história em si de transgredir muitos assuntos. Ela era prostituta, dormia com vários homens, ela mandou matar o homem que ela mais amou na vida e foi superconservadora com as filhas, aconselhando todas a se casarem”, finalizou Maitê Proença.