Mano Brown fala sobre o seu novo Podcast

Mano Brown
Mano Brown (Reprodução/Youtube)

Um dos maiores rappers do Brasil, Mano Brown, de 51 anos de idade, tem um novo desafio em sua carreira. Um dos integrantes do Racionais Mc’s, que fez muito sucesso na década de 1990 estreou o seu Podcast “Mano a Mano”, no Spotify.

No Brasil, a informação é negada, principalmente para o povo afro. Toda filosofia e ciência negra é banalizada no Brasil. Acho que tem que ter mais estudos sobre isso. A ideia é apresentar conteúdos úteis que nem sempre chegam nas pessoas. É entretenimento, mas também vamos levar informação”, disse ele a Quem nesta quinta-feira (26).

“No começo da pandemia, logo depois do Carnaval, vi as pessoas com dificuldade, até mental mesmo. E eu falei: ‘Vou estudar’. Para não ‘chapar’ mesmo. Fui estudar teologia, ciência e coisas ligadas à África. E descobri coisas maravilhosas. Toda reunião que tinha com meus amigos, eu falava sobre isso e eles sugeriram de criar o podcast”, contou ele.

Sua inspiração

O rapper disse que uma de suas inspirações para se tornar um apresentador foi o seu amigo Thaíde:  “Apesar de não ter estudado isso, eu li e assisti muitas entrevistas e aprendi muito com isso. Acho o Thaíde bom para caramba. Ele é um cara que me agrada muito. Ele não deixa de perguntar o que tem que perguntar, mas deixa o entrevistado bem à vontade”, falou ele.

Lado mais humano

Brown confessou que vai mostrar um outro lado jamais visto, um lado mais humano:  “Vão descobrir que sou o cara mais comum do mundo. Sou um brasileiro médio, filho de uma mulher negra com um cara branco. Sou a cara da massa, filho da escravidão. Acho que de 2010 para cá, passei a falar mais de mim e da minha vida e me abrir mais”, disse.

Abordar todos os temas

O artista disse que vai abordar todos os assuntos sem medo:  “Há temas que não tem como você se acovardar e não falar. Tenho meus pensamentos e minhas crenças, mas também estou sempre aberto a ensinamentos novos. Acho que a gente está sempre aprendendo. Acho que tem momentos em que temos que nos posicionar, sim. E em outros, tem que deixar a pessoa falar”, ponderou.