A Record cometeu uma sequência de erros na condução do caso envolvendo Nego do Borel e Dayane Mello em A Fazenda 13. Desde o momento em que se pronunciou até a exibição das cenas no reality show, quando deixou parte do público perdido ao omitir a cena que causou toda a situação.
O primeiro erro da Record, na verdade, aconteceu quando decidiu colocar o funkeiro no confinamento. Adotando a estratégia de apostar em subcelebridades que causam e figuras controversas, a emissora jogou suas fichas no polêmico cantor, que responde a processos na Justiça.
Depois da festa da última sexta-feira (24), Nego do Borel foi parar no centro de uma polêmica. O cantor se deitou com Dayane, que estava visivelmente bêbada, e teria forçado situações, dando beijos na peoa.
Sequência de erros
A Record veio a público no sábado (25) após a repercussão e afirmou que estava apurando o caso, mas que iria se pronunciar somente à noite, durante o programa.
Aí se iniciou a sequência de erros da Record. Pra quê toda essa espera? Até que ponto vale explorar a situação por audiência? Esses são alguns questionamentos que ficam.
Como se não bastasse, a equipe jurídica de Dayanne relatou que encontrou “barreiras” para conseguir contato com a participante. A produção de A Fazenda teria dificultado as coisas. Por quê?
Para piorar a situação, a Record deixou os telespectadores sem entenderem o caso direito. Alguns ficaram com a sensação de que não havia motivo para a expulsão de Nego do Borel após assistir a edição de A Fazenda 13 levada ao ar na noite de sábado.
Record omite cena
Isso porque, ao mostrar os acontecimentos que levaram à expulsão do funkeiro, não exibiram a parte em que Dayane diz “não” para ele. A modelo recusou o cantor por duas vezes, mas o trecho não foi ao ar. Mais uma vez, o reality deixou a desejar. Uma sequência desastrosa.
A pergunta que fica é até quando a Record vai continuar apostando nesse tipo de situação deplorável para conseguir audiência e repercussão. Por enquanto, tem rendido alguns pontos de audiência a mais e ainda há empresas que se sujeitam a associar suas marcas ao “conteúdo”. Até quando isso vai permanecer, não se sabe.
Aliás, o “quanto pior, melhor” parece ter virado regra em A Fazenda, afinal, o show não pode parar. E a sensação é de que só vai acabar quando “doer no bolso” da Record.
Publicitário, roteirista formado pela Casa Aguinaldo Silva de Artes. Escreve sobre TV e famosos desde 2013 | Contato: [email protected]
