Sucesso na astrologia, Vitor diCastro revela se iria para o BBB

Vitor diCastro (Foto: Sergio Santoian)

Com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, o youtuber Vitor diCastro, de 31 anos, soma mais de 130 milhões de visualizações na plataforma do Youtube, e consegue passar muitas mensagens curiosas da astrologia ao grande público.

Em conversa exclusiva ao Entretê, o artista comentou sobre os próximos projetos na carreira, revelou se aceitaria participar do BBB, contou sobre a sua ligação com o meio astrológico, e claro, sobre ser representatividade para a comunidade LGBT.

Entretê – Por ser um grande influencer e represente da comunidade LGBT, se sente pressionado na hora de produzir novos conteúdos?

Vitor diCastro – Eu me sinto pressionado sim, principalmente em dar minha opinião sobre determinados assuntos, especialmente quando o assunto envolve a própria comunidade LGBTQIA+. Eu sinto essa pressão do público de querer que eu me posicione, de querer que eu fale sobre esses temas, mas eu não me forço. Eu faço os conteúdos quando eu acho que eu devo fazer, quando é um assunto que me atravessa e quando eu tenho tempo. Toda vez que eu vou falar sobre algo específico, sempre penso muito antes. Eu pesquiso, eu vejo várias coisas, quero saber o que as pessoas estão pensando. Eu quero formar primeiro a minha opinião. Quando somos influenciadores, somos formadores de opiniões, mas não tenho como ajudar alguém a pensar se eu mesmo não pensei sobre aquilo. Por conta disso me sinto pressionado, mas não me pressiono.

Entretê – Você já sofreu homofobia? Como lidou com isso?

Vitor diCastro – Acredito e arrisco a dizer que todos os LGBTQIA+ do Brasil já sofreram LGBTfobia. Não existe uma pessoa que seja LGBTQIA+ e não tenha passado por algum constrangimento, seja uma violência verbal ou física, seja na escola ou no trabalho. Essa cultura que nos ensina que uma família é sempre formada por um homem e uma mulher, faz com que tudo que saia desse padrão sofra e seja visto como errado. A maneira que eu tenho lidado com isso foi mudando. Antes de eu me empoderar e entender que eu não estava errado, que eu preciso e devo ser respeitado, eu sofria, guardava pra mim e achava que a culpa era minha. Hoje a minha maneira de lidar é expor quando acontece. Se eu puder responder a pessoa, eu vou. Se eu precisar chamar a polícia, eu vou.
Agora, quando se fala de homofobia não é mais uma opinião, é crime. A única maneira de lidar com isso é acionando a justiça, porque as pessoas têm que entender que não tem mais espaço para a homofobia. Somos resguardados por uma lei. Por mais difícil que seja, precisamos lutar para viver uma vida tranquila e normal.

Entretê – Como surgiu o amor pela astrologia?

Vitor diCastro – Meu amor por astrologia surgiu aos poucos. A primeira vez que fiz o meu mapa astral, descobri que ele tinha algumas questões bem específicas. As pessoas falavam ‘nossa, tem algo de especial, porque é bem difícil ter o sol, a lua e o ascendente no mesmo signo’. Depois disso fiquei curioso e quis saber o que aquilo queria dizer, o que significava cada aspecto. Conforme fui estudando o meu mapa fui me interessando pelo assunto, fui achando muito divertido ter esse conhecimento e ao mesmo tempo fui entendendo que era algo profundo, que podemos estudar o assunto por anos. Astrologia é um estudo milenar, então quando você começa a se interessar e pesquisa, se torna um campo que você vai ter a vida toda para aprender sempre. Depois que entendi meu mapa eu comecei a ler o mapa dos meus amigos, para tentar entender as pessoas que estão ao meu redor por meio da astrologia. Acredito que a astrologia é uma ótima ferramenta para o autoconhecimento e também para que você conheça e saiba como lidar com as pessoas. Por conta disso meu amor pela astrologia é algo que norteia a minha vida até hoje.

Entretê – Aceitaria ir para o BBB?

Vitor diCastro – Eu aceitaria ir para o BBB sim. Acredito que seja uma experiência incrível, não só financeira e profissionalmente, mas viver essa experiência de exposição máxima é muito difícil. Não consigo imaginar outra pessoa que fique tão exposta igual participantes do reality. São 100 dias expostos para mais de 40 milhões de pessoas todos os dias, com pessoas discutindo e julgando cada decisão sua. Esse motivo é o que faz com que várias pessoas acabem desistindo de participar do programa, mas eu acho que eu teria muita coisa para mostrar, coisas interessantes, então eu super participaria, mas com medo. Participaria pensando muito em cada atitude e tentando manter o controle emocional. Tem que tomar cuidado mesmo porque já vimos nas edições anteriores que você pode tanto alavancar a sua carreira, quanto destruir ela.

Entretê – Qual o momento mais marcante de sua carreira?

Vitor diCastro – É difícil falar. Eu consigo pensar em 2 momentos muito importantes para mim. Gravar o programa para a HBO Max, Jornada Astral, foi um momento muito marcante para mim. Não só porque estreou e é maravilhoso, mas porque tive a chance de viver uma experiência muito intensa e profunda. Entrei em contato e conheci pessoas que me inspiraram a fazer o que faço hoje. Tive contato com grandes nomes da arte, da cultura, da TV brasileira e, quando você tem esse contato, você consegue repensar determinadas coisas. Repensar caminhos, perceber se você está indo pelo caminho certo ou se quer mudar algo.
Outro momento marcante foi durante o ‘Quebrando o Tabu’. No dia do assassinato da Marielle, eu fiz um vídeo sobre o assunto. Além do meu trabalho com humor, tenho meu trabalho com ativismo e, por conta desse vídeo eu recebi muitas ameaças de morte. Foi forte porque foi logo no começo da minha carreira e eu tive que aprender logo de cara com esse tipo de ameaça, com hate e entender que se eu quero fazer esse trabalho, eu preciso aprender a lidar com isso para sempre.

Entretê –Quais são os planos para os próximos meses?

Vitor diCastro – Tenho planos de seguir com os assuntos que me atravessa. Tenho planos de fazer um podcast, de lançar mais vídeos sobre assuntos que são relevantes para mim. Nos próximos meses quero continuar fazendo entretenimento, quero continuar deixando a vida das pessoas mais leve, mas ao mesmo tempo eu quero poder trazer assuntos profundos e ricos cada vez mais.
No segundo semestre eu já tenho um projeto sobre algo relevante, para conseguir conversar com quem me acompanha e explicar assuntos importantes do melhor jeito para eles. Eu sou um influenciador social também, então nesses momentos, precisamos realmente trabalhar em prol das causas que acreditamos. Existem assuntos que não podemos nos abster.