Um Lugar ao Sol: Noca arranca podres do passado após descoberta

Noca (Marieta Severo) revela passado cruel em Um Lugar ao Sol (Foto: Reprodução/TV Globo)
Noca (Marieta Severo) revela passado cruel em Um Lugar ao Sol (Foto: Reprodução/TV Globo)

Noca (Marieta Severo) vai revelar tudo o que aconteceu no passado em Um Lugar ao Sol. Na reta final, a cozinheira vai descobrir a existência de outra neta além de Lara e decidirá contar toda a verdade.

Na trama de Lícia Manzo, a veterana deixará claro todo o mal que sofreu quando era jovem. Isso acontecerá logo depois de descobrir que Thaiane (Georgina Castro) é sua neta.

Noca passado difícil

Durante uma conversa, Lara vai insinuar que Noca abandonou o filho, Jerônimo (Thelmo Fernandes), na época em que fugiu de Confins do Alto, sua cidade natal. A cozinheira ficará ofendida e resolverá abrir o coração e expor o passado cruel.

Eu não abandonei ninguém. Me tomaram ele dos braços. Com um ano de idade. Eu estava na plataforma [da rodoviária] e ia seguir com o meu filho, mas eles vieram”, revelará a veterana. “Como assim? Eles quem, vó?”, irá perguntar Lara, sem entender.

“Você não sabe o que é um lugar de mentalidade machista, atrasada. Com 15 anos, eu fui dada em casamento, feito uma coisa. Meu irmão era homem e desde cedo tinha ido para a escola, estudar, aprender”, contará Noca.

Eu fiquei ali, condenada a repetir a história da minha mãe. Aprendendo a servir os outros. Tendo que engolir, enterrar, tudo o que eu queria para mim, tudo o que eu sonhava. Sabe o que é ter que se deitar, toda noite, com alguém que você não quer, não ama?”, soltará ela.

“Com 19 anos, eu pensava em morrer. Aquele não era o meu destino. Não podia ser. Toda noite eu me deitava com o meu marido pedindo a Deus para não engravidar de novo. Até que um dia, eu pensei: antes de tentar pôr fim à minha vida, eu podia tentar fugir. E foi o que eu fiz”, relatará a idosa.

Crueldade em Um Lugar ao Sol

Noca revelará ainda o episódio em que saiu de casa cedo fugindo com o filho no colo. Na época, ela acabou sendo alcançada por seus familiares no momento em que estava na rodoviária e teve o menino arrancado de seus braços.

“Quando eu estava quase embarcando, eles vieram. E levaram o meu filho. O que é que eu podia, entende? O que é que pode uma mulher contra o homem mais poderoso da cidade, contra uma cidade inteira? Foi por sobrevivência. Se ficasse, eu morria”, dirá ela.

Lara dará um abraço na avó e questionará por que ela guardou o segredo por todo esse tempo. “Porque eu não falava nem para mim. Porque não tinha volta, eu sabia. Sabia que eles nunca iam admitir que eu voltasse, que eu tivesse qualquer forma de contato com o meu filho”, explicará.

Uma mulher banida, proscrita – é o que eu era. Eu me agarrei no que tinha sobrado. A cozinha. O cheiro da comida. Aquilo dependia só de mim. E foi alimentando os outros que eu me fortaleci. E achei um jeito de estar no mundo. Livre, sem cabresto”, desabafará Noca.