Por meio de um depoimento ao documentário sobre a Família Camargo, Wanessa Camargo, filha de Zezé, disse ter vivido momentos difíceis ao perder um filho ao lado do esposo Marcus Buaiz. Na ocasião, ele ainda confessou não ter superado a dor da morte da criança.
“Fiquei pensando na perda que a gente teve. Num primeiro momento foi um susto. Você entra no quarto e fala: ‘Tô grávida’. Depois uma consciência de: ‘Puxa, a família vai crescer, vai ser bom pra gente’. Aí depois a gente vai fazer a primeira visita ao médico pra ver o coração bater e aquele foi o silêncio mais horripilante da minha vida… O coração não bateu e começou o processo. ‘Quais são os caminhos, doutor?’. ‘O caminho é um abortamento, que vai ser espontâneo ou ter que ser feito’. O segundo silêncio maior foi na hora que você entrou na mesa de cirurgia, que eu estava sozinho. E a visão que você passou a ter que foi o melhor. Eu ainda não consegui chegar a essa mesma percepção que você. Estou buscando isso”, revelou.
Ao falar sobre o assunto, a cantora que se arrisca na música em diversos gêneros, disse que tentou procurar motivos para entender o fato de ter engravidado, e lidado com situações tão tensas.
“Se soubesse que tinha passado por tudo isso, tinha escolhido esperar. Pra mim primeiro foi: ‘Por que eu fiquei grávida pra passar por tudo isso?’ Quando eu passei por tudo esse processo, eu tive muito medo da morte. Pelo processo todo, de ter tudo anemia, de ter tido aquele aborto, a febre, o medo da infecção, a correria pra não correr risco. E esse tudo acabasse? Você teve o seu vô que morreu. Você está vivendo plenamente ou tá empurrando as coisas com a barriga? Você está utilizando bem o tempo que tem?. Cheguei a conclusão de que muita coisa eu não tô conseguindo ser eu, não tô usando meu tempo como eu deveria”, revelou.
Lado positivo
Mesmo em meio as problemáticas durante o início da pandemia, Wanessa Camargo contou ao jornal Extra que, conseguiu reafirmar os seus laços com o pai Zezé nesse período tenso. Além do mais, ela revelou ter se enxergado nele em diversos momentos.
“A pandemia pausou nosso trabalho e nos reaproximou. Com certeza, esse foi o período em que eu e meu pai mais convivemos nos últimos anos. E assim eu descobri o Zezé em mim. Traços que eu achava que eram da minha personalidade, do meu jeito de ser, enxerguei também nele. Até coisas que eu criticava no meu pai, percebi que faço igual. Ele é prolixo como eu, disperso, tem dificuldade em lidar com conflitos. E só não tem o pânico, mas também é hipocondríaco. Se tem um machucadinho na perna, já quer fazer mil exames”, dissertou.
Formado em Jornalismo pela Faculdade das Américas (FAM), já apresentou programa de entretenimento relacionado ao mundo dos famosos e entrevistou artistas do meio.
