Samara Felippo desabafa sobre assédio na TV

Samara Felippo comentou sobre assédio (Foto: Reprodução)

Longe das novelas, Samara Felippo participou de uma entrevista com Rafinha Bastos, e comentou sobre o assédio na TV. De acordo com ela, algumas mulheres já perderam bons trabalhos por não transaram com diretores e pessoas envolvidas nos projetos e propostas.

“Hoje eu olho para trás e vejo os abusos que eu passei, machismo, coisas que a gente nunca enxergou na época. Vejo amigas que perderam papéis porque não deram para o diretor. Existiu esse lugar. Existiu o lugar onde eu sentei para pegar um papel e a pessoa falou: ‘Você ia fazer a protagonista, mas você não tem cara de virgem’. Virgem tem cara?”, iniciou ela.

Na sequência, a artista chegou a mencionar situações que acontecem. “É um pouquinho esse buraco que a gente vai se enfiando. É uma mão na sua coxa em um jantar, é um ‘vem cá conversar só eu e você’. Todo o papel eu tinha que estar dois quilos mais magra. E sempre fui magra. Já vem a pressão estética para a menina. É uma pressão bizarra, em todos os sentidos. Para a mulher principalmente. Acho que isso ainda acontece, temos denúncias que jamais se imaginou que pudessem ter acontecido”, declarou.

Saudade da Globo

Em um outro momento da conversa, Samara Felippo revelou sentir saudade de trabalhar na TV Globo. Segundo ela, a emissora carioca fez com que a sua carreira abrisse diversas portas.

“É uma máquina de sonhos. Eu gosto muito da vibe de estúdio, novela, de receber capítulo. A Globo foi uma grande empresa para mim. Tenho entrada em lugares e acesso a projetos porque veio de trabalho na Globo. Mas hoje é muito libertador poder produzir de casa, realizar”, afirmou.

Racismo na escola

Nas últimas semanas, Samara relatou aos seguidores que a filha Lara sofreu racismo de uma coleguinha na escola. Indignada, ela avisou a menina que tomaria providência contra os pais dela.

“A Lara veio me relatando que um amiguinho dela chamou ela de negrinha chata: ‘Ah, sua negrinha chata’. Só que ela veio me contar isso, sei lá, uma semana depois do ocorrido. E aí, me deu uma taquicardia momentânea e eu falei: ‘Filha, está tudo bem? Como é que você recebeu isso? Você precisa falar para a professora na hora’. Porque o menino branco lá que falou não pode repetir isso. Ele tem que aprender que isso é crime… Eu falei: ‘Fala para ele que se ele não pagar, os pais dele vão pagar”, contou.

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