Especialista aponta características de psicopatia em Guilherme de Pádua

Guilherme de Pádua assassinou Daniella Perez com 18 perfurações (Reprodução)
Guilherme de Pádua assassinou Daniella Perez com 18 perfurações (Reprodução)

Mesmo após quase 30 anos depois, o assassinato de Daniella Perez ainda gera impacto em muitas pessoas. Na época, a brutalidade do crime orquestrado por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz chamou atenção após a atriz ter sido encontrada com 18 punhaladas na região do peito.

Nas últimas semanas o caso voltou à tona após a exibição do documentário Pacto Brutal na HBO Max. A produção mostra detalhes sobre o crime que chocou os brasileiros no início dos anos 90 e traz relatos impressionantes de amigos e familiares.

Um dos depoimentos que chama atenção é o da psiquiatra e escritora Ana Beatriz Barbosa, que aparece falando um pouco sobre sua visão do crime. Ela afirma que, apesar de não ter examinado Guilherme de Pádua, acusado do assassinado, ele apresenta sinais de psicopatia.

“Num estudo do caso, você vê no Guilherme todas as características de um psicopata. Todas. Nunca estive com ele, não o examinei. Mas certos crimes somente um psicopata é capaz de cometer“, disse ela.

Para quem não sabe, psicopatas são pessoas que apresentam um certo distúrbio mental caracterizado por falta de empatia, respeito, responsabilidade pelos outros ausência de remorso com crueldades e crimes cometidos, comportamento impulsivo, entre outros.

Ao analisar uma entrevista na qual Guilherme afirma que “se sente bem” na cadeia, onde cumpriu pena de 7 anos, Beatriz afirma que o acusado confirma os traços apontados por ela. “Quando um psicopata entra no sistema carcerário, ele não tem sentimento. Quem não tem sentimento não sofre. Ele vai sempre ter coisa de ser o chefe, o mais famoso. Ele era o mais famoso”, dispara.

Outra visão

A jornalista Gloria Maria, que na época fez diversas entrevista com Guilherme, relembrou como foi encontra-lo no sistema carcerário. Ela também concorda na teoria de que o atual pastor seja um psicopata.

“Tudo foi uma surpresa. Por isso eu tenho certeza da psicopatia dele. Eu esperava encontrar uma pessoa assustada, humilde, meio vítima. Encontrar um bonzinho chorando. Mas não”, disse a jornalista em um dos episódios da série documental.

Em outro trecho da produção, Ana Beatriz também avalia como o casamento entre Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, acusada de ajudar o marido no assassinato, gerou um “encontro perfeito de maldade”.

“Eu acho que um alimentava o outro, porque os dois tinham sede de poder; um de um poder de estar em frente às câmeras e outro por estar por trás das câmeras. Digo que a sede de poder de quem tá por trás é ainda maior do que quem tá pela frente. O poder da manipulação é maior, de subjugar é maior”, afirmou a psiquiatra.