Ex-Casseta e Planeta, Claudio Manoel fala sobre caso Marcius Mellhem

Claudio Manoel e Marcius Mellhem (Reprodução)
Claudio Manoel e Marcius Mellhem (Reprodução)

O comediante Claudio Manoel, ex-Casseta & Planeta, se pronunciou sobre as acusações envolvendo Marcius Mellhem e questionou a forma como a TV Globo conduziu o caso.

Em entrevista concedida a rádio Kiss FM, o artista fez questão de, apesar de não estar presente nos episódios, está do lado das vítimas. O ator ainda revelou um caso antigo que presenciou na emissora.

“A quantidade de relatos é muito grande. Então, fica muito difícil de você não crer que tudo isso é verdade. Apesar de não estar presente no local, é sempre preciso se colocar no papel da vítima”, afirmou.

“Eu acho engraçado o fato, por exemplo, vou falar de algo que aconteceu há 40 anos quando nós fizemos o TV Pirata, na TV Globo, aos cuidados de Chico Anysio. Na época, o Boni quis dar todo o controle ao gigante Chico e ele não aceitou”, destacou Claudio.

O humorista se mostrou enfático ao falar sobre o cargo de confiança e poder que a emissora deu nas mãos de Mellhem. “É engraçado ver o Melhem com todo esse poder. Nem mesmo o Chico quis isso e ninguém foi mais genial que o Chico”, disse.

Claudio aproveitou também para criticar o meio artístico, que não se prontificou para fazer protestos contra o caso. “Me estranha também, ao ler a reportagem, saber que muitas mulheres grandes dentro da emissora não falaram nada. Vi uma sororidade seletiva aí. Você precisa da sororidade de sua amiga nesse momento? Sim. Mas com toda certeza precisa, mais ainda, do apoio de sua chefe”, declarou.

O ex-Casseta destacou as defesas em torno de possíveis abusadores, apenas por eles não terem um suposto “perfil”. “Muita gente pode não acreditar. “Mas ninguém tem escrito na testa: ‘Sou abusador’. Tudo fica mais difícil quando o acusado é famoso e possui tamanha proteção. Tudo fica mais difícil quando se tem cara de fofo, né? O Danilo Gentilli não teria toda essa proteção, por exemplo”.

O ator relembrou o episódio quando parte da equipe do Zorra, dirigido por Mellhem, teve que assinar um abaixo-assinado para defende-lo de ataques, quando o caso tornou-se público no início do ano. “E aquela história do abaixo-assinado de solidariedade com o número da sua matrícula? O chefe pede para você assinar um papel com o seu número de matrícula e você faz o que?”, finalizou.