Gil do Vigor culpa o presidente Bolsonaro pela situação da economia

Gilberto Nogueira
Gilberto Nogueira
(Foto: Reprodução/TV Globo)

O Brasil tá lascado! Gil do Vigor em entrevista exclusiva à Folha de S.Paulo, o doutorando em economia culpou o presidente Jair Messias Bolsonaro pela situação econômica do país e visou um futuro melhor após a saída dele

“O governo atual tem sido ruim nas decisões políticas. Ele se esconde atrás de uma pandemia para se justificar. Não tomou decisões corretas”, opinou ele.

“Não faltam evidências de que o Brasil está lascado. Nós conseguimos ver isso na alta dos preços, no desemprego, em questões como saúde e educação”, afirmou ele.

“E a economia gira em torno disso, de educação, saúde, fomentar emprego e renda, trazer investimentos de fora. Não vemos isso acontecendo. Temos passado por um momento bem crítico. Mas dá para melhorar”, disse o pernambucano.

Melhora na economia 

Sobre uma possível melhora, o ex-brother revelou que é necessário ampliar o debate e pensar não só em números, mas sim na humanidade:

“Economistas falam muito em bem-estar, mas acabou virando uma discussão numérica, algo que critico. No fundo, estamos falando: ‘Quero pegar aquela pessoa e fazer com que ela tenha uma vida melhor do que tem hoje’. Não estamos aqui para sobreviver, mas para viver”

“O governo atual tem sido ruim nas decisões políticas. Ele se esconde atrás de uma pandemia para se justificar. Não tomou decisões corretas. Nós tivemos praticamente um ministro da Saúde por mês. Ele (Bolsonaro) passa por cima da ciência e da pesquisa e não valoriza aquilo que de fato pode ajudar nosso país. Acho que nós só vamos nos afundar ainda mais”, ressaltou.

Paixão pela economia

A paixão pela economia, segundo Gil do Vigor, surgiu após ele assistir o filme: ‘A Procura da Felicidade’ (2006), protagonizado por Will Smith e pelo seu filho e cantor Jaden Smith.

“Eu sempre fui sonhador. Ficava sonhando que minha vida ia mudar da noite para o dia, que eu ia dormir pobre e acordar rico. Eu era como Will Smith no filme, que fala para o filho ‘imagina que a gente está num castelo’. Pensei: ‘Vou fazer Economia, virar corretor da Bolsa e ficar milionário’. Esse foi o motivo de fazer Economia”

Impulso depois do reality

Ainda na entrevista à Folha, o economista relatou o impulso financeiro que o reality show lhe proporcionou:

“Nunca imaginei. Quem já dormiu na rua, passou fome, quem já viu a mãe fazer coisas que não queria fazer para trazer comida para casa, e hoje está viajando o Brasil, indo no consulado, pedindo para comprar passagem de R$ 8.000 na classe executiva —pode comprar que eu pago. É muito louco, eu choro muito.”

“É uma vida de um ser humano de verdade, que sou eu mesmo, ali, da pobreza, lascado, que nunca viu ninguém famoso de perto. De repente tem pessoas que sabem minha história, me amam de verdade. Eu nunca ganhei R$ 10 mil na vida. O maior dinheiro que ganhei foi R$ 3.000 de comissão porque vendia muito plano de saúde. Nunca pude fazer investimento”, revelou.