Giovanna Ewbank relata ligação de Taís Araújo e expõe conversa

Taís Araújo e Giovanna Ewbank
Giovanna Ewbank comenta sobre ajuda fundamental de Taís Araújo na vida pessoal (Imagem: Reprodução – YouTube / Montagem: SpinOFF)

O podcast de Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme tem rendido pautas importantes que são atuais na sociedade. Após o episódio envolvendo os filhos de uma das apresentadoras, em Portugal, a convidada do último programa, a atriz Taís Araújo, deu um show de empatia e respeito.

Na conversa, a esposa de Bruno Gagliasso comentou que a relação entre ela e a mulher de Lázaro Ramos começou após Titi chegar ao Brasil. Uma criança negra, que foi adotada e retirada da África para ter uma vida melhor.

“A nossa relação começou através de telefonema seu assim que a Titi chegou no Brasil. Você falou sobre a sua escola que estudou em uma escola particular e que você sempre viu mulheres pretas em posição de servir”, contou.

“E você me falou ‘eu só te peço para que você tenha essa visão na hora de escolher a escola da tua filha e eu estou aqui para te ajudar, estou aqui para o que você precisar’. E isso, para mim, foi de uma importância, porque você me deu um parâmetro que eu não tinha”, afirmou Giovanna.

Em resposta, Taís ficou se perguntando como seria a vida de uma menina no Brasil com outra cultura e criança por pessoas completamente privilegiados. “Eu fiquei pensando assim: ‘o que que vai ser da vida de uma menina negra, africana, criada por dois brancos, loiros dos olhos azuis e que o mundo só está a serviço deles?’”, questionou Taís.

Giovanna Ewbank comenta sobre racismo em filme

O filme Medida Provisória, que fez sucesso neste ano, conseguiu captar em vários telespectadores a real sensação do que é o racismo. Enquanto assistia o longa, Giovanna afirmou que ficou incomodada com várias falas preconceituosas que iam aparecendo ao longo do drama.

“Durante o filme [Medida Provisória], existem algumas falas que são racistas e tão naturalizadas, e que no filme são faladas assim, como a leveza como se não fosse nada. Isso me incomodou de uma maneira…”, falou a apresentadora.

Para Taís, é normal sentir o incômodo. Para ela, acaba sendo naturalizado a vontade de agredir pessoas racistas quando um branco fala, já que um negro não pode se manifestar da mesma forma.

“Eu entendo você, Giovanna, principalmente, porque você não passou nada do que seus filhos passaram, vão passar ou estão passando. Em entendo total a sua revolta ‘tem que ir pra porrada’. Só que a gente toma porrada desde sempre. Você dando porrada em outra pessoa branca, é encarado de outra maneira do que eu dando uma porrada em uma pessoa branca. É o famoso ‘vocês que são brancos que se entendam’”.