Gizelly Bicalho, ex-participante do BBB 20, concedeu uma entrevista à jornalista Duda Freitas, do Gshow, para falar sobre o ‘Dia Internacional da Igualdade Feminina’, celebrado na última quinta-feira (26). Durante o bate-papo, a advogada relembrou alguns relacionamentos abusivos que já viveu e relatou as agressões que sua mãe sofria, quando estava grávida.
“A violência na minha vida começou desde o ventre da minha mãe. Pois meu pai bateu nela durante os 9 meses de gravidez. E isso foi se repetindo por padrões. Então é algo que sempre me marcou. E quando eu passei na seletiva do BBB, o Boninho me perguntou: ‘Como uma mulher tão forte se permitiu viver um relacionamento abusivo?’. E eu respondi que era a única forma de amor que eu tinha aprendido até ali. Era o que eu tinha como exemplo.”, declarou a capixaba.
A ex-BBB destaca que, desde quando era muito nova, sempre ouviu das pessoas que conhecia, que precisava ser uma mulher forte e com isso, começou a camuflar suas vulnerabilidades.
“Lembro que desde muito cedo as pessoas não paravam de me dizer: “você tem que ser forte. Tem que continuar firme”. E isso me remete a música da Luíza Sonza, ‘Interesseira’ onde ela fala: “Confesso, não é fácil ser braba todo dia, tive que aprender a me virar sozinha”. E mexe muito comigo, pois vivemos situações que não podemos mostrar nossa vulnerabilidade. Muitas mulheres têm que fingir que estão bem. Pois a idealização da mulher contemporânea é uma falácia, uma mentira. Existe um estereótipo de mulheres que devem ser perfeitas e dando conta de tudo. E isso não existe na vida real. Então é preciso desmistificar isso.”, explicou.
Gizelly Bicalho pretende ajudar outras mulheres vítimas de relações abusivas
Com base em suas vivências e no espírito de sororidade, Gizelly Bicalho, ao lado das advogadas e amigas Izabella Borges e Bruna Borges, decidiu lançar um curso online chamado ‘Sentinelas – Empoderando Mulheres’. O projeto traz diversos temas importantes que por muito tempo, foram censurados pela sociedade.
“Eu peguei aquilo que eu tinha vivido e decidi mudar a vida de outras mulheres. Não aceitaria mais isso pra mim. Existe amor saudável e existe um mundo de liberdade. Uma justiça, que mesmo que falha, nos defende e estamos aqui para lutar pelos nossos direitos.”, afirmou a famosa, que é advogada criminalista. “Muitas mulheres passam por violência doméstica e não conseguem identificar,. Pois acham que a violência é só quando há um ataque contra sua vida. Mas a violência psicológica está ali e precisa ser identificada com máxima urgência.”, acrescentou ela.
Graduado em Comunicação Social, um mineiro que adora escrever sobre assuntos relacionados ao entretenimento e redes sociais em geral.