Jessica Simpson, está dando o que falar por causa de seu livro de memórias. Em Open Book, a cantora de 40 anos mergulha no terrível abuso sexual que enfrentou quando criança, nas mãos da filha de um amigo da família.
Embora tenha sido difícil para ela compartilhar essa experiência, ela diz que ouvir de outras mulheres que passaram por abusos semelhantes foi “uma mudança de vida”.
“O sentimento é avassalador, bonito e humilde de uma só vez. Decidi escrever o livro esperando poder ajudar alguém que se sente sobrecarregado pela vida, precisando ler um caminho através de todos os lugares escondidos e não me sentir sozinho com sua dor. Foi escrito para alguém que sabe que há mais para eles nesta vida, mas só precisa de encorajamento para passar por isso com compaixão pelas coisas difíceis”, disse ela em entrevista à revista People.
“As ofertas pessoais de coragem, resiliência e esperança que as pessoas me confiaram ao longo do último ano significaram mais para mim do que jamais saberão. As histórias me reintroduziram à minha ambição como líder. Os corações e rostos por trás dessas histórias ficarão comigo pelo resto da minha vida”, acrescentou.
Jessica disse que ficou grata às mulheres que compartilharam suas histórias com ela e lhe deram a oportunidade de realizar este propósito com seu livro. Na nova introdução da edição física de seu livro, Simpson compartilha uma história sobre ter conhecido uma mulher que chegou a agradecer por ela ter falado sobre sua história. A mulher teria dito a ela enquanto chorava que temia que isso acontecesse com seus filhos.
“Eu lutei com alguém me tocando de uma forma desconfortável”, escreve Jessica nas páginas, como se explicasse a sua filha que isso aconteceu com ela, quando ela era mais nova do que sua filha é hoje, e garantiu que isso jamais acontecerá com a menina. Ela pede ainda que se isso acontecer, ou algo do tipo, a criança contar para ela imediatamente.
Em seu livro, Simpson revela que foi abusada por uma garota que era apenas um ano mais velha que ela.
“Quando criança, eu não sabia o que estava acontecendo. Eu só sabia que queria proteger todos os outros na sala”, disse
Simpson também revelou que ela confrontou sua agressora, que também tinha sido abusada, como parte de sua cura.
“Eu precisava confrontar meu agressor”, disse Simpson.
“Foi extremamente doloroso e ainda é. Ainda é chocante. Aquela garotinha em mim querendo fazer a coisa certa, sem saber como se defender e sem saber como pará-la. Eu me senti como muito de quem eu sou, o caráter de quem eu sou, foi construído através dos julgamentos e da dor do abuso”, acrescentou ela na época.
“Eu permiti que isso acontecesse, então eu senti que eu era tanto o abusador quanto o abusado. Então eu fui muito vergonhoso durante esse tempo, de 6 a 12 anos de idade.”
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
