Lazaro Ramos revela a influência de seus filhos para a realização de livros infantis

Lázaro Ramos (Reprodução)
Lázaro Ramos (Reprodução)

O ator e diretor, Lázaro Ramos em entrevista a QUEM, contou um pouco sobre ser autor de livro infantil e as influências dos filhos para o momento de criação e sensibilidade infantil que tem dentro de casa. O cineasta está de volta com a obra `Pulo Do Coelho ‘, história de um coelho que aprendeu a sonhar, e Edith e a Velha Sentada, uma menina que vivia num mundo cibernético, obra inspirada em um texto criado por Lazinho, em 2010.

Sobre a criação, o produtor conta de onde veio as ideias para embarcar em obras infantis:

“Edith é uma reedição, com novas ilustrações e pequenas partes reescritas. Ele estava fora de circulação e nessa oportunidade de reimprimir eu fui muito inspirado pelo ano passado. Vi que o livro era muito útil para esse período que a gente está vivendo porque fala sobre equilíbrio no uso da tecnologia. Hoje vários pais e mães estão neste momento, naquele conflito dentro de casa para tentar equilibrar “o tempo que seus filhos ficam na frente do computador. Achei que era uma bandeira lúdica, bem-humorada e saudável para falar sobre esse assunto, além da questão da autoestima.

Acerca do processo de criação do Pulo Do Coelho, Lázaro revela que terminou a obra durante esse momento de pandemia:

“O Pulo do Coelho eu comecei há três anos e finalizei na pandemia. Assim como o outro, com humor, ludicidade e emoção, a gente está falando um pouquinho de confinamento, que é a história de um coelho que estava preso em uma cartola e resolve fugir para se tornar mágico. Esses dois livros foram muito inspirados na observação das crianças que me cercam. As questões de autoestima, o tipo de brincadeira que elas fazem, o jeito de sonhar que elas têm, o tema da autonomia… Dessa vez não foi só a inspiração dos meus filhos, mas também afilhados, colegas de escola’

Critica familiar

Sobre uma primeira crítica, o ator conta que os primeiros leitores são os filhos:

“Antigamente eu tinha medo da crítica e hoje em dia eu tenho meu processo. Eu aprendo muito com a crítica. Sempre. Os primeiros leitores são as crianças lá de casa, depois procuro filhos de amigos que estejam na idade para qual o livro é indicado. Aí mando o texto para crianças de colégios particulares e públicos sem elas saberem quem é o autor e sem ilustração. A partir da crítica delas ao livro eu reescrevo. Esse tem sido o processo já há alguns anos e é muito legal, porque o texto amadurece um pouco. Eu quero que as crianças se divirtam com o livro, que elas curtam, que elas entendam o assunto que eu quero falar”