O cantor Erasmo Carlos, de 81 anos, morreu nesta terça-feira (22) após ser internado, pela segunda vez no mesmo mês, no Hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O quadro clínico do cantor era grave e a informação da morte foi confirmada pelo GShow por uma fonte ligada a família do artista. A causa do falecimento de Erasmo ainda não foi confirmada.
No começo do mês, Erasmo chegou a celebrar a alta que tinha recebido após ficar duas semanas internado. Na ocasião, ele realizou exames e tratou uma síndrome edemigênica.
“Ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim, rezaram por mim e se torceram pela minha recuperação… Essa foto com a Fernanda traduz como estamos felizes”, falou, na ocasião.
A síndrome edemigênica acontece quando há um desequilíbrio das forças bioquímicas que mantêm os líquidos dentro dos vasos sanguíneos.
Erasmo fala sobre carreira
No começo do ano, o famoso deu uma entrevista à revista Ambrosia, em que falou sobre a carreira. Questionado sobre o fim do CD e a era dos streamings, o artista falou sobre como está sobrevivendo apenas com essa plataforma.
“Eu conseguirei viver de streaming se eu fizer uma música tosca e uma coreografia maluca. Aí, eu vou ter 30 milhões de acessos. Mas eu prefiro continuar fazendo a minha música. A música que arrepia, que fala com Deus, que tem as harmonias, os violinos, e vou ter as visualizações que tiver”, desabafou.
“Então, para sobreviver artisticamente, vou fazer shows e mostrar a minha arte, indo aonde o povo está, como eu sempre fiz. Eu tenho um volume de músicas razoável e isso me possibilita fazer a música que eu gosto e não a que querem que eu faça. Espero com isso arrepiar as pessoas também”, completou.
Na sequência, ele ainda falou sobre a renovação do seu público.
“Eu sou um produto e tenho que me mostrar para os jovens, principalmente. Porque o jovem me vendo agora, e gostando, vai procurar os meus trabalhos do passado e vai ver o que eu fiz. Assim, eu ganho um novo fã, bicho. Ele assume o velho como se fosse o novo. Encontrei esse caminho e tem dado certo. Estou contemporâneo e falando a linguagem do mundo atual”, pontuou, na ocasião.
Covid-19
Ainda na mesma entrevista, Carlos contou que sofreu com o coronavírus.
“A COVID me derrubou. Foram 12 dias de CTI e eu aprendi uma palavra que está na moda: comorbidades. Então, eu tinha comorbidades: tenho um marca-passo, sou diabético e tenho pressão alta”, desabafou.
Karla é jornalista formada desde 2017, mas trabalha com entretenimento desde 2014. Tem 28 anos, mora em São Paulo capital e adora estar antenada nas redes sociais. Pode ser encontrada como @fannykyta no Instagram.