Paulo Betti faz homenagem a cunhado que faleceu de Covid-19

Paulo Betti e cunhado
Paulo Betti e cunhado (Reprodução/ Instagram)

O ator Paulo Betti publicou em sua rede social nea terça feira (31), uma homenagem de despedida para o seu cunhado, morto aos 88 anos após pneumonia e contrair Covid-19. Mingo, como era chama pelo ator, era residente em Piracicaba, no interior de São Paulo:

“Meu cunhado Mingo me apresentou mundos novos, no futebol e na religião. Me ajudou a crescer! Vai ficar para sempre na minha memória com meu agradecimento por ser sempre carinhoso e gentil”, declarou Paulo Betti ao seu cunhado.

O artista se despediu com um texto emocionante em sua conta oficial do Instagram:

“Meu cunhado Mingo morreu, aos 88 anos. Pneumonia e Covid-19. Ele morava em Piracicaba, junto a esposa, filhos e netos. Eu era menino e Mingo começou a namorar minha irmã Maria, gêmea da Cida. Os pais do Mingo tinham uma loja onde vendiam arreios e selas perto do mercado municipal de Sorocaba. Apareceram os chineses e com eles os pastéis que o Mingo levava na paquera da minha irmã. Eu nunca tinha comido pastel! Minha avó era craque em polenta ‘brustulada’, mas o Mingo me apresentou aquela delícia. No casamento ele contratou dona Quitéria para fazer os quitutes. Comi tanto pastel que pela primeira vez fiquei ‘empachado’, a barriga intumescida. Minha mãe tratou com massagens de óleo aquecido misturado ao fubá. Foi assim também quando tive caxumba, o medo era que ela descesse se eu pulasse um córrego.

O ator continua o seu tributo ao amigo Mingo:

” Era assim no nosso pequeno quase Quilombo, na Vila Leão. Mingo foi morar lá, na Rua Guaicurus, perto da minha, que era a Caramurus (acho que por isso gosto tanto dos indígenas). Era muito alegre aquele lugar com seus tambores e festas. O Mingo trouxe mais alegria. Ele me levava para fora dos limites do bairro. Para assistir os jogos do São Bento, que tinha subido para a divisão especial. Era ele que me levava para o pequeno estádio da Rua dos Morros. Mingo foi seminarista e quando mudou para Piracicaba passou a frequentar a Congregação Cristã do Brasil. Levou também meu pai e minha mãe para cantar os lindos hinos nos cultos, sempre embalados pela banda, que é o grande trunfo dos ‘língua de fogo’, como são chamados os crentes. Me levou algumas vezes e eu adorava ouvir a música e os testemunhos catárticos.”

Paulo complementa agradecendo o carinho de seu cunhado:

“Meu cunhado Mingo me apresentou mundos novos, no futebol e na religião. Me ajudou a crescer! Vai ficar para sempre na minha memória com meu agradecimento por ser sempre carinhoso e gentil. Criou seus filhos Dô, Didi e Titão. Meus sobrinhos queridos. Viveu a vida inteira com minha irmã Maria que hoje ora por seu descanso eterno”.