O surfista Pedro Scooby, de 32 anos de idade, não nega suas raízes e não esquece de onde veio. O atleta teve a sua infância e adolescência simples em Curicica, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Scooby em entrevista a Quem, contou que faz questão de que seus filhos mantenham a convivência com o bairro em que foi criado.
“Se alguém perguntar para Dom e Bem de onde eles são, eles vão responder que são de Curicica. Existe uma alegria de viver muito grande no subúrbio. Para criança, que não dá valor a esse lado financeiro, é ainda melhor. Eles querem um lugar onde tenham amigos para brincar e sejam amados.
“Curicica para eles é como o céu. Eles vão para a rua e brincam de pique-pega, pipa, bolinha de gude… tudo o que a rua proporciona, do lado da minha família. Fico feliz de ver que eles vivem no lugar em que fui criado e são apaixonados. Curicica me trouxe ensinamentos. Em Portugal tem milhões de coisas maravilhosas que posso proporcionar para eles, mas tem coisas que só Curicica faz”, disse ele
Liberdade de escolha na carreira
Pedro, pai do Dom, de 9 anos, e dos gêmeos Bem e Liz, de 5 anos, contou a liberdade de escolha na carreira que oferece para os filhos. Dom seu filho mais velho, tem se interessado pelo skate, e há pouco tempo atrás ganhou seu primeiro campeonato:
“Ele surfava até a gente vir morar em Portugal, mas a água aqui é muito fria. Nunca obriguei nenhum dos meus filhos a fazer nada. Sugeri a pista de skate, e Dom amou. Sou atleta, e sou justo com ele e realista. Falo que ele tem talento, dedicação e está em ascensão. Ser profissional exige tempo, passar por cima dos medos, dos tombos… digo ‘Virar um cara top só depende de você. Mas se você não quiser, estarei aqui para te apoiar’. Ser atleta é mais do que ser talentoso, é ficar longe da família, sofrer acidentes e ter várias dificuldades”, declara.
Alvo de críticas
Há um tempo atrás, Pedro foi alvo de críticas, após aparecer em vídeo corrigindo seu filho Dom. No vídeo em questão, ela fala para a criança: “Para de gritar comigo. Sou teu pai, me respeita”.
“Jamais vou me meter quando vejo pai e filho conversando, porque cada um tem um tipo de criação. Tirando quando vejo pais agredindo filhos, que obviamente vou ser contra. Mas acredito que não existe uma fórmula correta. Ninguém diz ‘vou te ensinar a ser pai’. Ensino aos meus filhos que têm que respeitar a mim e a mãe dele. Na verdade, a todos os mais velhos, mas principalmente nós dois”, disse.
Mineiro de Belo Horizonte, há 2 anos escrevendo para o
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