Record segue “nova onda” com Reis, mas comete erro grosseiro

José Rubens Chachá (Eli) em cena de Reis, nova trama bíblica da Record (Foto: Reprodução/Record)
José Rubens Chachá (Eli) em cena de Reis, nova trama bíblica da Record (Foto: Reprodução/Record)

A Record estreou nesta terça-feira (22) sua nova produção bíblica, Reis. Mas, afinal, a história é série ou novela? Isso nem mesmo a própria emissora parece saber responder. Além disso, o canal de Edir Macedo cometeu um erro grosseiro.

A nova trama bíblica da Record vai mostrar a formação de Israel como nação. A história será dividida em “temporadas”. No entanto, com a exibição de uma fase seguida da outra, no mesmo modo de uma novela.

Intitulada de A Decepção, a primeira fase é protagonizada pelo juiz Eli (José Rubens Chachá) e os dois filhos, Hofni (Vinícius Reed) e Fineias (Edu Porto). Essa fase retrata a história dos hebreus anos depois de serem libertados pelos egípcios. Eles vão passar por diversos governos, indo dos juízes até os reis.

Apesar de ser dividida em temporadas, Reis será exibida totalmente de uma vez. Inicialmente, a Record estava chamando a produção bíblica de novela, mas mudou de ideia. Recentemente, passou a anunciar a história como série.

Record comete erro

A emissora, no entanto, se embolou na própria decisão. Na abertura de Reis, inicialmente a trama é creditada como série. Já em outra parte, diz que é novela (confira no vídeo no final deste texto). Precisam se decidir sobre o que realmente é o produto.

Ao chamar sua novela de série, a Record segue uma nova onda do mercado de dramaturgia no país. No streaming, por exemplo, a HBO Max produzirá novelas com o nome de “telessérie”.

A explicação da plataforma da HBO seria de que isso ajuda na venda para o mercado internacional. No fundo, parece que virou crime chamar novela de novela no Brasil.

Anos atrás, a Globo passou a chamar sua novela das onze de “supersérie”. A faixa de dramaturgia foi descontinuada em 2018. Na época, o então chefão do setor na emissora era Silvio de Abreu.

Curiosamente, Abreu agora é o responsável por implantar a “telessérie” na HBO Max. E a primeira história será uma história de novelão clássico com vingança como trama central.

É curioso que justamente o Brasil, conhecido mundialmente pela excelência na produção de novelas, que fazem sucesso ao redor do Mundo, renegue o gênero dessa forma.

A nova onda é fazer novela e chamar de série. A Record, no momento, precisa se decidir.