Aos 45 anos, Rodrigo Santoro falou sobre um possível retorno às novelas. O ator, que faz sucesso em produções fora do Brasil, descartou voltar a integrar o elenco de alguma trama no momento.
Atualmente, Santoro pode ser visto no Globoplay na minissérie Hilda Furacão, que estreou no mês passado na plataforma de streaming. Na produção, ele interpreta Frei Malthus, papel que considerou como um “divisor de águas em sua carreira”.
O ator, que recentemente gravou Sessão de Terapia, série para o streaming da Globo, descartou voltar a participar de uma novela do início ao fim neste momento. A última trama da emissora que ele participou foi Velho Chico (2016), quando viveu o coronel Afrânio na primeira fase da história.
“Sinceramente, acho bastante difícil conseguir realizar isto agora. Minha vida hoje tem uma dinâmica com muito deslocamento e compromissos mais curtos”, disse em entrevista ao site oficial da Globo.
Rodrigo Santoro e o estigma de galã
Na época em que foi convidado para Hilda Furacão, Santoro já carregava a fama de galã. Foi com uma oportunidade na minissérie que ele deixou isso de lado. “Lembro de pensar que era uma minissérie, algo que todos nós atores queríamos fazer naquele momento. Mas acima de tudo, a personagem era extremamente desafiadora e interessante”, contou.
“Até então, o estigma do galã era bastante forte e era muito difícil ter a oportunidade de expressar personagens diferentes daquele estereótipo”, declarou o ator.
“Frei Malthus foi uma grande oportunidade de fazer um mergulho vertical em uma personagem cheia de conflitos, em um ambiente completamente diferente do que eu estava costumado”, contou Santoro.
O ator, que tem uma carreira consagrada no Brasil e no exterior, afirmou que não se incomoda com o rótulo de galã.
“Sinceramente, este estereótipo não me incomoda. De acordo com esta definição, acredito que seja perfeitamente possível fazer uma personagem que seja visto como galã, mas que ao mesmo tempo tenha profundidade, conflitos, enfim, que seja interessante e humanizado”, garantiu.
Sobre a época da gravação da minissérie, Rodrigo Santoro guarda lembranças como contracenar com Paulo Autran, que interpretou um vigário conservador.
“A primeira lembrança afetiva que vem a minha mente foi ter o privilégio de trabalhar com o gigante Paulo Autran. Aprendi tanto com ele. Com sua postura, seu comprometimento com arte, seu amor e respeito pelo trabalho e por todos a sua volta”, relembrou o ator.
Publicitário, roteirista formado pela Casa Aguinaldo Silva de Artes. Escreve sobre TV e famosos desde 2013 | Contato: [email protected]
