A atriz Taís Araújo revelou que já foi vítima de violência psicológica de um ex-namorado quando era mais jovem. A declaração da global foi dada durante uma entrevista ao programa Papo de Segunda (GNT).
Durante o bate-papo com os apresentadores, Taís, que está à frente da campanha da ONU Mulheres Brasil debateu com os rapazes sobre os diversos tipos de abusos, que têm sido tratados na ação Juntos Contra a Violência, da organização mundial.
“São muitos tipos [de violência]. Nessa campanha, a gente exemplifica alguns tipos de violência. Algumas, inclusive, que eu já passei. Quando fui ler, falei: ‘Já passei por isso'”, desabafou.
“As pessoas entendem como violência, às vezes, só a física. [Tem] A violência psicológica, aquele grito mais alto. Uma vez, escutei um grito. E eu nunca escutei meu pai gritar. Minha família não é uma família violenta”, disse.
Os tipos de violência contra a mulher #JuntosContraAViolência #PapoDeSegundaNoGNT @taisverdade pic.twitter.com/RnxhaOfjey
— Canal GNT em 🏠 (@canalgnt) September 29, 2020
Ainda durante o programa, Taís comentou sobre os reflexos da quarentena em sua vida. A artista revelou que seus pais, mesmo divorciados há mais de 30 anos, acabaram voltando a morar juntos.
“Eles são separados há mais de 30 anos e estão passando a pandemia juntos. Eu nunca vi meu pai gritar com a minha mãe. E eles passaram anos separados morando na mesma casa, sem que a gente soubesse”, contou.
Ao citar o exemplo da relação amigável entre os pais, Taís destacou que ficou assustada ao notar que estava sendo tratada com tanta violência pelo ex-namorado, já que nunca conviveu com situações parecidas em sua casa.
“E, uma vez, um cara gritou comigo. Cara, mandei um e-mail para ele, era um namorado. Falei: ‘Olha só, eu nunca tinha escutado um grito de homem. Nunca escutei meu pai gritar comigo, nunca escutei meu pai gritar com a minha mãe. Escutei de você e não gostei. E isso não vai se repetir'”, detalhou.
Mesmo depois tendo ouvido desculpas do ex, Taís contou que só percebeu o trauma depois que gravou a campanha da ONU: “Esse texto [da campanha] foi o que me deu o gatilho. Quando eu li, meu olho encheu de água, de falar: ‘Caralho, passei por isso’. Quando eu vi, meu coração disparou. Falei: ‘Olha o quanto isso mexeu comigo'”.
Formado em jornalismo pela UNIME Salvador, possui passagem por rádio, jornal e trabalha com público de internet desde 2016. Atualmente tem focado em projetos de audiovisual, cultura pop e celebridades.