Depois de mais de um ano tendo novelas reprisadas em seu horário nobre, a TV Globo retornou a apresentar produções inéditas nesta segunda-feira (8). No entanto, o novo passo da emissora não foi muito bem aceito pelos seus telespectadores.
Conforme dados disponibilizados pela Katar Ibope, Um Lugar Ao Sol acabou registrando a pior audiência da história da TV Globo entre as estreias das novelas da faixa das 21h.
A trama escrita por Lícia Manzo rendeu apenas 25,2 pontos de audiência na Grande São Paulo, entre o horário de 21h27 e 23h01. Anteriormente o número mais baixo estava com A Lei do Amor, novela de 2016.
Vale destacar que a produção, inclusive, mal conseguiu superar a audiência do Jornal Nacional, que entregou com 26,8, mas logo nos primeiros dez minutos já foi mostrando um baixo índice, com 24,1.
Um Lugar Ao Sol é a segunda novela inédita a estrear na TV Globo após o início da pandemia do coronavírus. O caso aconteceu após muitas produções serem interrompidas por conta da crise sanitária, o que consequentemente afetou a divulgação dos folhetins.
Exibida de segunda a sábado, Um Lugar ao Sol conta a história de Renato e Christian, irmãos gêmeos que são separados ainda quando criança. Anos depois eles se encontram e acabam tendo a oportunidade de viver a irmandade.
Gravação da novela
Com todos os capítulos já gravados, Um Lugar Ao Sol promete trazer estratégias bem elaboradas o longo da trama. Uma delas será a exibição de finais alternativos para a novela.
Durante entrevista coletiva, diretor artístico Maurício Farias contou que o decorrer da produção pode gerar discussão entre os telespectadores. “Fizemos finais alternativos porque acreditávamos que pudesse ser um desejo do público e queríamos decidir isso juntos na medida que a novela avançasse”, revelou.
O diretor contou ainda sobre a expectativa para que o trabalho de Lícia Manzo chegue ao público, principalmente por ela ter sido construída em meio a interrupções das gravações, por conta da pandemia.
“Todo mundo está surpreso e com expectativa sobre esta obra nova. É nova em todos os sentidos. Primeiro para nós, porque gravamos de forma que nunca havíamos gravado, gravamos com tempo, com uma obra inteiramente construída. Lícia já tinha escrito quase tudo quando começamos a gravar. Isso não é normal em novela”, contou o diretor.
“Além de ter acesso ao arco grande, também gravamos uma quantidade de capítulos misturados, três vezes maior do que uma novela faz. Isso foi muito instigante. Claro que lançou muitos desafios e a gente teve que lidar com eles. Mas trouxe diversas outras coisa interessantes”, relatou Maurício Farias.
Formado em jornalismo pela UNIME Salvador, possui passagem por rádio, jornal e trabalha com público de internet desde 2016. Atualmente tem focado em projetos de audiovisual, cultura pop e celebridades.
