A apresentadora Xuxa Meneghel venceu um processo movido por calúnia e difamação contra um capitão da polícia militar de São Paulo. Ele havia publicado em suas redes sociais, imagens da apresentadora, repletas de críticas tanto à sua figura quanto ao livro escrito e lançado por ela no meio do ano chamado Maya: bebê arco-íris.
Segundo colunista Leo Dias, o valor da indenização que será paga para Xuxa não foi divulgada, mas ela havia dito anteriormente que doaria o valor para instituições de caridade. Os advogados de Xuxa querem ainda que a sentença seja registrada, e divulgada nas redes sociais dele, os mesmos meios que ele usou para ferir a honra da apresentadora.
O juiz responsável pelo caso inclusive, esclareceu que o homem feriu a honra e a moral da loira, e explicou que uma pessoa não pode confundir sua liberdade de expressão com uma carta branca para sair falando mal de quem quiser e sair livremente disso. “O direito à crítica não é ilimitado e não pode ser entendido como uma autorização para ofender direitos da personalidade”, escreveu o juiz.
O livro de Xuxa conta a história de um anjinho que mora no céu, e recebe de Deus a tarefa de escolher a família perfeita, com quem vai viver quando for mandada para a terra. Ela então na tentativa de cumprir a missão, escolhe ser criada por duas mães, e recebe nome de Maya. A personagem título foi inspirada na afilhada de Xuxa, que tem o mesmo nome e também foi adotada por uma casal homoafetivo, algo que deixou os conservadores de cabelo em pé.
Mas segundo Xuxa disse em uma entrevista no YouTube, os sonhos de Sasha na infância contribuíram para ajudar na construção da história. “Eu fico imaginando minha filha, porque ela sempre dizia isso para mim. Ela disse que quando ela ia vir aqui para a Terra, Deus falou com ela, ela tinha asas coloridas, e Deus pediu para ela procurar os pais e as mães dela, e e que foi difícil. Eu quis botar o que a Sasha falou na boquinha da Maya [a personagem]. Fiquei imaginando ela realmente pedindo a Deus e como ia ser difícil para ela né? Isso tudo, com tudo o que a gente está vivendo agora, principalmente agora, onde as pessoas levantam muito essas coisas tão erradas. Falar em nome de Deus, que Deus não sabe, que Deus acha que as pessoas por suas condições não são filhas dele. E isso me machuca tanto”.
Comunicólogo balzaquiano, paulistano, e com experiência vasta nesse mundo virtual. Adorador de séries, filmes, quadrinhos, e tudo o que envolve a cultura pop.
