A atriz Ana Hikari, conhecida por atuar em Malhação Viva a Diferença, As Five e Quanto Mais Vida Melhor, opinou durante participação no podcast “Subversa Lab”, da ex-BBB Hana Kalil, sobre a presença de influenciadores em novelas.
Na ocasião, ela lamentou como a profissão tem sido banalizada por conta da escalação de pessoas sem registro profissional para atuar. “Vejo a atuação como algo elitista. Onde as pessoas que não têm condições não conseguem chegar. Enquanto outras com privilégios estão chegando”, afirmou a atriz.
Um exemplo de influencer atuando em novela e que vem dando o que falar na mídia é Jade Picon, que interpreta a jovem Chiara em Travessia. Para Ana, falar sobre a presença de influenciadores em novelas é uma questão muito delicada.
“É um assunto tão delicado. Você faria uma cirurgia com um influenciador só por ele ser famoso? Você pegaria um avião pilotado por um influenciador que tem 10 milhões de seguidores, vocês iriam subir nesse avião?”, ressaltou ela.
Apesar das críticas, Ana Hikari não desmereceu o trabalhos dos influenciadores. A artista destacou ainda que, atuar é algo muito difícil.
“Eu também queria conversar com essas pessoas. Saber como eles estão se sentindo. Porque não é fácil ficar 12 horas gravando, vivendo a vida de outra pessoa, e depois voltar para casa e ainda decorar mais 20 páginas de texto”, disse a famosa.
Em outro trecho da entrevista, a apresentadora do podcast comentou que muitos atores têm se tornado influenciadores pela falta de oportunidades: “Você sente que está numa posição de ter que se tornar influenciadora também? De ter que criar conteúdo?”, perguntou Hana. A atriz então respondeu:
“Eu entendi que a maneira de agradecer as pessoas que me seguem é levando para eles informação”, disse ela, deixando claro que trabalha como atriz e não como criadora de conteúdos.
Preconceito na profissão
Em setembro deste ano, Ana Hikari concedeu uma entrevista exclusiva ao Entretê, onde abordou assuntos importantes envolvendo sua carreira na TV. Ela também falou sobre o preconceito que já sofreu na profissão por ser asiática.
“Eu só era chamada pra testes que estavam brifados explicitamente “atrizes asiáticas”. Eu não era chamada para testes simples de “mulher”. Como se eu não pudesse exercer o papel simplesmente de uma “mulher” da minha idade. E se olharmos em volta, ainda são muito poucas atrizes e atores asiáticos com destaque no audiovisual. Dessa maneira fica difícil de não se sentir só nesse meio.”, desabafou ela.
Graduado em Comunicação Social, um mineiro que adora escrever sobre assuntos relacionados ao entretenimento e redes sociais em geral.
