Britney Spears faz depoimento sobre o pai : “ele amava o controle para machucar sua própria filha”

Britney Spears
Britney Spears (Reprodução/ Instagram)

A cantora americana Britney Spears prestou depoimentos nesta quarta-feira (23), pela primeira vez depois de 13 anos, sobre a batalha judicial sobre a sua tutela, contra seu pai, Jamie Spears. Em extensa declaração, Britney revelou no tribunal que tem DIU para não engravidar e que é proibida de tirar. 

O depoimento da cantora foi divulgado pela revista Variety, que expôs que ela era forçada a trabalhar:

“Eu vou ser honesta com você. Faz muito tempo que não volto ao tribunal, porque não acho que fui ouvida em qualquer nível quando fui pela última vez. Eu trouxe quatro folhas de papel em minhas mãos e escrevi extensamente o que havia passado nos últimos quatro meses antes de vir para lá. As pessoas que fizeram isso comigo não deveriam ser capazes de se safar tão facilmente. Vou recapitular. Eu estava em turnê em 2018. Fui forçada a fazer … Meu empresário disse que se eu não fizesse essa turnê, teria que encontrar um advogado”, iniciou ela.

“É engraçado ouvir o lado da história dos meus empresários. Todos disseram que eu não participava dos ensaios e nunca concordei em tomar meu remédio. Meu remédio só é tomado pela manhã, nunca no ensaio. Eles nem mesmo me veem. Então, por que eles estão afirmando isso?”, completou.

Abandono familiar

Britney também contou que não teve apoio familiar nenhum durante esse período:

“Não só minha família não fez nada, como meu pai era totalmente a favor. Qualquer coisa que acontecesse comigo precisava ser aprovada por meu pai. E meu pai agiu como se não soubesse que me disseram que eu teria que fazer o teste nas férias de Natal antes de eles me mandarem embora, quando meus filhos foram para a Louisiana. Foi ele quem aprovou tudo. Minha família inteira não fez nada”, afirmou.

Controle dos pais

A estrela abriu o jogo e falou da exploração e do controle que os pais tinham sobre ela:

“O controle que ele tinha sobre alguém tão poderoso quanto eu – ele amava o controle para machucar sua própria filha 100.000%. Ele amou. Arrumei minhas malas e fui para aquele lugar. Eu trabalhava sete dias por semana, sem folga, o que na Califórnia a única coisa semelhante a isso se chama tráfico sexual. Fazer qualquer um trabalhar contra a sua vontade, levando embora todos os seus bens: cartão de crédito, dinheiro, telefone, passaporte.”

“Todos moravam na casa comigo: as enfermeiras, o segurança 24 horas por dia, sete dias por semana. Havia um chef que vinha lá e cozinhava para mim todos os dias durante a semana. Eles me consultavam todos os dias, nua, de manhã, à tarde e à noite. Eu não tinha nenhuma privacidade, nem porta no meu quarto. E tiravam de mim oito frascos de sangue por semana”, revelou.