Fátima Bernardes chora perda de funcionária de 30 anos

A apresentadora Fátima Bernardes se emocionou e chorou durante o Encontro (Imagem: Reprodução/TV Globo)

A apresentadora Fátima Bernardes chorou e emocionou o público do programa Encontro nesta segunda-feira (4). Ela retornou de uma licença de um mês, usada para tratar um câncer de útero descoberto em estágio inicial. Além de falar sobre seu tratamento, a famosa também se emocionou e chorou ao revelar que perdeu uma funcionária e amiga de mais de 30 anos.

Tentando segurar o choro, ela revelou que evitaria tratar do assunto, mas decidiu falar o que sentia depois de se emocionar. “Eu notei outra coisa que mudou, tô mais chorona. Eu sempre me seguro mais. Enquanto ele tava falando, eu lembrei de uma coisa que eu pensei muito durante esse período”, disse. “Além de ter essa sensação de que você tá tendo algo que outras pessoas não têm, que é a chance da cura –eu não ia falar nisso, porque eu sabia que ia chorar, mas como já chorei–, eu fiquei muito angustiada com todas as notícias da Covid-19, porque você acaba fazendo uma cirurgia e acaba ficando com a imunidade mais baixa. O medo dessa doença fica um pouco maior”, contou Fátima.

Desabafo e choro

Antes de citar a morte de sua amiga, a apresentadora do Encontro falou sobre a quantidade de pessoas que morreram da Covid-19 e lamentou por aquelas que não conseguiram sequer ser atendidas. “E as outras com câncer que não tão conseguindo ter atendimento porque tão com medo de irem até o hospital, adiando exame, me deixou angustiada”, afirmou, fazendo um desabafo na sequência.

Durante esse período, nesse mês, eu tive a perda de uma pessoa muito querida, que trabalhou comigo por 30 anos. Ela tinha enfrentado um câncer de pulmão, e olha, ela tinha plano de saúde, tinha tudo, mas não adianta, gente.

Fátima Bernardes explicou que Alice sequer andava de transporte público. “Pode ter sido um pacotinho, um pacote de pão que pegou no mercado. Olha, ela era muito cuidadosa. Ela sempre chegava em casa muito cedo, e eu dizia que não precisava, porque eu tomo café aqui [na Globo], mas ela fazia questão de fazer um café de coador pra eu tomar antes de sair. E hoje fez muita falta esse café”.

Amparada pelo colega André Curvello, a global concluiu. “Uma pessoa que convive com você por 30 anos, que tá bem, que teve uma doença há sete anos, mas foi curada. Fica um mês internada, vai pra casa com balão de oxigênio, e depois volta a internar e em dois dias a pessoa morre. Alice, onde quer que você esteja… Isso, acho que todo esse período, essas perdas assim com a dela, quantas famílias [não sofreram]? Isso me angustiou muito. Foi muito difícil você ver quantas pessoas tão sofrendo sem necessidade”, finalizou, aos prantos.