Jornalista da Globo denuncia racismo escancarado ao ser abordado

Jornalista Globo
Jornalista Globo sofre racismo em shopping (Imagem: Reprodução / Globo)

Uma situação clara de racismo foi exposta pelo âncora da primeira edição do NETV na afiliada da Globo em Pernambuco. O jornalista Pedro Lins denunciou um racismo que sofreu na última quarta-feira (4) em um shopping do estado pernambucano.

Segundo o comunicador, ele relatou que foi confundido com um entregador de aplicativo por uma atendente de uma loja do shopping de Recife. Lins disse que foi até o centro comercial para comprar um presente para uma amiga, mas a funcionária do local não quis atendê-lo.

“A vendedora olhou para mim e falou assim: ‘Você é entregador do Rappi [aplicativo de entrega]? Eu falei: ‘Não, eu vim aqui comprar. Mas, se o pagamento for bom, quem sabe eu não faço esse extra?!’, é isso”, disse ele no storie do Instagram.

Ele também fez questão de comentar sobre o caso no Twitter. “A vendedora me abordou perguntando se eu era entregador. Vocês sabem o nome disso, né?”, escreveu. Apesar do racismo sofrido, Lins não comunicou à administração do shopping sobre o ocorrido e nem o nome da loja onde sofreu o preconceito.

Mais racismo

Em dezembro, o humorista Paulo Vieira, que faz parte do quadro de apresentadores da Globo, expôs nas redes sociais os diversos ataques racistas que sofreu do público que apoia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o humorista, vários xingamentos e ameaças foram disparados após ele realizar uma brincadeira envolvendo o público de direita. Entretanto, o global não ficou com receio das ameaças e aproveitou para expor o perfil das pessoas que estavam chamando de macaco e “apelidos” mais pesados.

São centenas de comentários assim. Fora as ligações pra mim, pra minha equipe, minha família. E eu tô bem, tá? Sei que isso é só reação ao poder incontestável do humor. Tô forte e cada vez mais certo do meu papel”, escreveu.

Entre uma das mensagens, um usuário resolveu não só ser racista, mas também homofóbico e desejou que o apresentador morresse igual a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 na época das eleições para a presidência. “Bicha preta, vai tomar no c*. Você tinha que morrer igual a Marielle”, escreveu.