Juliana Paes se despede de Pantanal e fala sobre a emoção da trama

Juliana Paes
Juliana Paes como Maria Marruá em Pantanal; atriz se despediu da trama (Imagem: Reprodução/TV Globo)

A atriz Juliana Paes está se despedindo de mais um trabalho importante. Ela termina sua jornada na novela Pantanal, em que Maria Marruá, sua personagem, morrerá. Ela foi procurada pela revista Quem e falou sobre a emoção das gravações, falando sobre a “energia” vinda do local.

“Ao chegar no Pantanal é tudo diferente do que estamos acostumados. É uma locação ímpar e de energia contemplativa. O Pantanal te convida a levantar as orelhas, a lançar um olhar para fora e prestar atenção naquela energia de contemplar. A energia do Pantanal fica impregnada na gente”, disse a atriz.

A famosa ainda falou sobre o contato direto com os bichos que vivem no local. “Há muito barulho. Um barulho de natureza. A gente escuta a todo instante os barulhos dos bichos. Enquanto aqui, convivemos com barulhos de buzinas”, comparou.

Memória afetiva

Em outro ponto da entrevista, Juliana falou sobre os perrengues nas filmagens. “Quase levei uma mordidinha [de um jacaré]. Estar no Pantanal é ter muita história para contar, de situações inusitadas e perrengues. Esse dia do jacaré, estava no rio para uma gravação quando alertaram que tinha um jacaré rondando (risos)”, se divertiu ela, que falou sobre a versão de 1990 da trama.

“Como muitos brasileiros da minha geração, Pantanal está em um lugar de memória afetiva de conforto e de paz. Lembro exatamente dos pais assistindo, lembro da cor do sofá em que meu pai sentava para ver a novela. Enquanto assistíamos, a música ecoava pela casa inteira e recordo das cenas com a arara voando e da atmosfera da minha casa para assistir à novela“, relembra Paes.

A atriz falou sobre a nostalgia e comentou mais uma vez sobre a afetividade das memórias. “Resgatar essa memória afetiva nos traz emoção e um lugar de aconchego e também uma certa nostalgia“, observou.

O visual

Por fim, Juliana Paes falou a respeito da caracterização para interpretar Maria Marruá. “Com a equipe de caracterização, começamos a imaginar como seria o rosto de uma mulher que nunca se protegeu do sol, que nunca usou protetor solar ou chapéu. Melasmas, manchas”, citou.

Tem também as marcas de expressão, como fazer com que isso ficasse natural? Maria tem as linhas de expressões marcadas, as sobrancelhas não são feitas e deixei meu cabelo branco natural dar às caras. É gratificante poder abrir mão da vaidade e da estética vigente. Mais que abrir mão disso, vejo beleza nas olheiras, eu vejo poesia nas marcas do tempo“, celebrou.