Lilia Cabral quebra silêncio sobre postura de Regina Duarte: “Não defendo”

Lilia Cabral
A atriz Lilia Cabral quebrou o silêncio e falou a respeito das atitudes de Regina Duarte (Imagem: Reprodução/Instagram)

A atriz Lilia Cabral se tornou uma das artistas mais respeitadas do país, principalmente em razão de seus papeis nas novelas da Globo. E a famosa decidiu dar a sua opinião a respeito de uma antiga colega de profissão: Regina Duarte.

Conhecida por muitas personagens famosas, Duarte está distante das novelas há alguns anos e se tornou um nome forte da direita brasileira, tendo sido uma grande apoiadora de Jair Bolsonaro e secretária de Cultura de seu governo.

Lilia Cabral fala de Regina Duarte

Entrevistada pelo site New Mag, do portal Metrópoles, Lilia foi questionada sobre sua avaliação com relação às escolhas ideológicas feitas por Regina. “Essa é uma questão muito delicada… Não concordo com a Regina, mas respeito os atores e a opinião deles“, explicou.

O que aconteceu nos últimos quatro anos foi muito sofrido para a Cultura e para a classe artística como um todo. Não critico meus colegas, da mesma forma que não me sinto à vontade para falar abertamente de uma colega com quem posso voltar a trabalhar”, continuou.

“Minha autoridade está no meu pensamento e na minha postura. Quem for me assistir saberá o que penso e qual a minha postura. Com o que não concordo não defendo. Defendo aquilo no que acredito“, afirmou a atriz, encerrando o assunto.

Personagens na televisão

Ainda durante a entrevista ao portal de notícias, Lilia Cabral foi questionada a respeito de algumas de suas personagens. Em Páginas da Vida, exibida em 2006, ela viveu Marta, uma mulher politicamente incorreta. “Na época ela causou certo estranhamento, mas, de lá para cá, mulheres como ela são cada vez mais comuns”, provocou a pergunta.

Você sabe que já naquela época muitas pessoas concordavam com ela? Algumas senhoras me abordavam dizendo que ela tinha razão, que estava certa em ser como era. Ouvi de muitas mulheres que entregariam a neta (Clara, que nasceu com síndrome de down) para adoção”, opinou a artista.

Por fim, ela relembrou que o novelista Manoel Carlos costuma ir a fundo e escreveu algo com muita convicção quando precisa abordar alguma questão. “Por isso é o grande autor que ele é. Lembro de uma cena da Marta que tinha seis páginas de puras aberrações. Eram coisas nas quais ela acreditava. Esse tipo de pensamento sempre existiu, mas era velado. A grande diferença é que, de lá para cá, deixou de ser velado”, encerrou.