Maju Coutinho abre o jogo sobre racismo e faz grande desabafo

Maju Coutinho
A jornalista Maju Coutinho (Foto: Reprodução)

Na semana em que as redes sociais, e alguns países se uniram em combate ao racismo, a jornalista Maju Coutinho foi uma das convidadas do programa ‘Em Pauta”, na GloboNews, e fez um desabafo completamente emocionante sobre o racismo que já sofreu ao longo de sua vida, e como lidou em cada um desses momentos.

Antes de iniciar, Maju afirmou que o racismo é algo que já vem desde a infância. “O racismo é desde o nascimento, desde a infância. Eu tenho a lembrança desde pequena, desde criança, uma coleguinha ter perdido o estojo e ela decidiu que eu pegue. E eu lembro de experiências. Eu já era adulta, estava no litoral, meus pais tem uma casa em Guaraqueçaba. Eu passei na rua sozinha e tinha um grupo de jovens brancos do lado da casa dos meus pais e acho que eles não sabiam que a gente tinha uma casa lá. E começaram brincadeiras, barulhos de macaco. Eu voltei revoltada pra casa dos meus pais, chorei, comentei, fiquei brava… mas eu voltei e estraguei a festa. Disse que não poderia acontecer, que era racista. Eles ficaram assustados”, contou em um tom bem triste.

DESAFIOS COMO REPÓRTER

Maju Coutinho hoje é âncora do JN, na TV Globo, mas quem acompanha a sua carreira, sabe que a famosa já foi repórter de rua, e abriu o jogo sobre um dos momentos mais difíceis de sua vida, que enquanto atuava como repórter, mais uma vez foi vítima de racismo.

Muitas vezes você precisa ficar de microfone em punho para provar que é repórter mesmo”, disse Maju. Logo após essa declaração, a comunicadora detalhou mais uma história envolvendo o racismo, mas desta vez, envolvendo e contada pelo seu marido.

“Outra experiência que eu tive é que eu viajei com meu marido, negro, e ele saiu para passear a noite e eu não pude ir. Ele voltou radiante falando que pela primeira vez ele se sentiu livre por passar perto de senhoras e mulheres brancas  e não sentir um olhar de repulsa e de medo. Essa experiência é das mortes, quantos parentes eu perdi mais cedo. O racismo mata, nos fere. Das violências diárias que a gente tem que olhar e enfrentar. E esse enfrentar é um gasto de energia muito para não sucumbir e manter a cabeça erguida”, concluiu bastante emocionada.