Paulo Vieira sobre comédia: “questão de sobrevivência”

Paulo Vieira (Foto: Reprodução/TVGLobo)
Paulo Vieira (Foto: Reprodução/TVGLobo)

O humorista Paulo Vieira, de 28 anos de idade, nascido em Trindade, Goiás, em entrevista ao site da revista Quem,  contou sobre as suas origens, carreira e amor pela arte.

O goiano revelou a representatividade e a importância da comédia em sua vida:

“Para mim a comédia é uma questão de sobrevivência, na verdade, a arte como um todo é uma questão de sobrevivência. Fazer rir é um serviço”, disse.

Sobre a sua infância difícil em Goiás, o humorista pontuou ter tido várias fases:

“Isso eu nem falo para ninguém (risos). Só nasci em Trindade (GO) e fui criado a minha vida inteira em Palmas (TO), por isso digo que sou palmense. Até brinco que sou tão tocantinense que nasci em Goiás, assim como Tocantins. Na minha cabeça tive várias infâncias: a infância onde sempre trabalhei, a infância em que a minha mãe sempre fomentou a nossa imaginação lá em casa e a infância que eu sonhava. Sempre fui muito imaginativo, o que às vezes me impede de ler as coisas com a realidade. Se é que existe realidade… Então, por exemplo, na nossa fase de maior dificuldade, quando eu era criança, isso não era uma questão, não era um sofrimento para mim”

Perguntado sobre a forma que ele teve que lidar com as adversidades, Paulo relata que tirava de letra:

“Eu só fui adquirir maior consciência do que era isso, da beleza que era isso, da minha mãe ter feito isso, depois de grande. Lá na época isso era só a vida acontecendo mesmo. Mas a minha vida toda eu tive isso. Eu sabia que ia dar certo, que ia acontecer, eu sempre tive uma força de acreditar muito grande. Na escola, quando acontecia bullying, eu lidava muito bem porque eu sempre pensava assim: ‘esse povo ainda vai pagar muito pau para mim’. E era isso. A minha arrogância era essa. Espera uns anos”, disse.

Humor

Sobre o humor, Paulo confessa que tem espaço para todo mundo:

“Eu acho que o humor é isso, é nesse lugar da missão que envolve cura e uma missão de generosidade. Quando falei para você que o humor popular é generoso, acredito que isso seja uma máxima do humor também. Acho que o humor é para todos, é fazer o bem para o outro. Eu me sinto muito mais representado e exposto nas minhas músicas, por exemplo, porque a minha música não é generosa, sou eu falando de mim sem nenhuma vontade que outros entendam, sou eu me expressando apenas. No humor não. No humor, eu quero que o outro dê risada, que o outro entenda. Quero que o outro esteja junto comigo, então eu acho que tem essa característica generosa.”, finalizou ele